quarta-feira, 29 de maio de 2013




Boot Camp nº2


Keep on Rolling baby! 


As coisas estão cada vez mais quentes na equipa 47.
Após o segundo Boot Camp 2, nova injeção de input, e como nada se cria nada se destroi tudo se transforma, nova ejeção de output.

O tema deste sábado passado focou-se muito no estudo dos segmentos de clientes.
O que para nós foi bastante importante, porque havia duvidas da nossa parte na escolha de dois segmentos de clientes: O utilizador final, ou fabricantes de componentes electrónicos, quer de telemoveis, quer de automóveis, quer de outros. 

Mas uma boa parte da injeção de input não veio directamente do boot camp, mas sim da nossa mentora, Carla Pimenta da EDP. A Carla não só traçou o panorama de investimento de risco em Portugal nas novas soluções tecnológicas como nos deu um cheirinho daquilo que se passa lá fora, nomeadamente nos EUA. E como as coisas não andam famosas devido à crise, ficou delineado que o nosso segmente de clientes será sem dúvida, pelo menos numa fase inicial, os fabricantes de componentes electrónicos.

Além disso, delineou aquilo que é verdadeiramente importante para uma startup ir para a frente, um custo de produto sustentável. E no nosso caso isso consiste por exemplo em responder as estas perguntas "Quanto é que custará uma bateria com esta tecnologia para um telémovel? É mais barata? Excelente, siga pá frente! É mais cara? Se sim, quanto mais vou ter de pagar para ter o mesmo telémovel? Quanto estou disposto a pagar para ter uma bateria de telemovel mais durável e que se carregue em poucos minutos?"

Esta foi a injeção de input e aqui vai um obrigado especial à nossa mentora!

A ejeção de output é trabalho e mais trabalho. Em particular, em responder à primeira pergunta acima descrita. Podemos adiantar que para já os cálculos são muito prometedores, isto porque o preço de fabrico de uma bateria para um telemovel em termos de matéria prima é muito barato. Aliás, tão barato que até o santo desconfia. Por isso vamos continuar a trabalhar e voltar a fazer contas e em breve partilharemos mais informação.

Não percam o próximo episódio porque nós também não!





segunda-feira, 27 de maio de 2013

sexta-feira, 24 de maio de 2013

3, 2, 1 – GO!


Abramos o champanhe e o caviar, damos agora inicio ao primeiro post no nosso blogue do projeto Supercondensadores.

Como  à semelhança da lei da vida, todos os projetos têm  um inicio, e o nosso é bastante simples de explicar:

Poder-se-á pensar que este projeto começou com o lançamento da 2ª edição do programa Energia de Portugal mas enganam-se, este projeto começou no Instituto Superior Técnico (IST) há cerca de 2 anos. Mais precisamente, este projeto nasceu no seio de um grupo de investigação, o GECEA (Grupo de estudos de corrosão e efeitos ambientais) com o objetivo de vir a revolucionar o mundo dos veículos e equipamentos elétricos. E é aí que entra o primeiro ator neste projeto, na altura um estudante de Eng. dos Materiais do IST, Rui Pedro Silva, que entra neste projeto de investigação como bolseiro. Passados 2 anos de investigação muitos avanços e recuos e histórias de peripécias poderiam ser contadas noutras circunstâncias. O que interessa realmente salientar é que o projeto deu os seguintes frutos: 1 artigo científico, 1 patente pendente, 1 prémio da Sociedade Portuguesa dos Materiais, diversas apresentações em encontros científicos entre os quais com a NASA e por fim uma dissertação de mestrado.

A segunda parte da história deste projeto nasce da vontade do grupo criar uma Startup e através dela trazer esta tecnologia aliciante diretamente do IST para o mundo da industria high tech. O lançamento da segunda temporada do Energia de Portugal catalisou este desejo que se materializou em candidatura aprovada (equipa 47) neste programa e que conta com a participação dos cérebros de Rui Pedro Silva, André Mão de Ferro, Bruno Martins e João Rafael.

Deu-se início oficial do Energia de Portugal o sábado passado. Foi um dia com muito input que ficou a ser mastigado durante toda a semana.

Gostaríamos neste primeiro post de partilhar em que consiste esta tecnologia.

O aumento da procura a nível mundial de transportes mais eficientes, económicos e amigos do ambiente bem como equipamentos eletrónicos portáteis com maior autonomia tem estimulado o desenvolvimento de dispositivos de armazenagem de energia. Os sistemas de armazenagem utilizados nos dias de hoje possuem algumas desvantagens. Um dos maiores incovenientes consiste no tempo necessário para carregar totalmente uma bateria – aguardar 6 horas para carregar a bateria do seu automóvel elétrico para percorrer apenas 100km é uma solução muito pouco atrativa.

Desta forma, os supercondensadores eletroquímicos estão a atrair uma grande atenção, por deterem uma série de vantagens de performance. Contudo, estes dispositivos ainda não possuem a densidade energética equiparada ao das baterias comuns, impossibilitando assim a sua comercialização. A principal vantagem dos supercondensadores consiste na redução do tempo de carga comparativamente ao das baterias, e tem um tempo útil de vida cerca de 100 vezes superior. Imagine poder carregar um veículo elétrico em alguns minutos de modo a que ele percorra umas centenas de quilómetros, quem não queria?

Os supercondensadores poderão vir a ter como principais aplicações dispositivos de comunicação móveis e outros dispositivos eletrónicos, veículos elétricos, equipamentos biomédicos e componentes utilizados em aviação e aeroespacial. Embora as baterias e os supercondensadores pertençam à família dos sistemas de armazenagem eletroquímicos, apresentam características muito distintas e consequentemente respostas muito diferentes. Independentemente da aplicação, os supercondensadores têm a capacidade de fornecer uma grande quantidade de energia num curto espaço de tempo e podem ser recarregados muito mais rapidamente que uma bateria.
O mercado de supercondensadores está em forte expansão mundial e prevê-se que representará uma fasquia de 5% do mercado de baterias em 2020, ou seja, movimentará cerca de 3,5 mil milhões de dólares americanos. As potencialidades de industrialização são enormes, uma vez que a tecnologia está em plena utilização em Portugal, e apenas será necessário fazer a adaptação desenvolvida neste estudo, que terá como vantagens:

  • redução de custos;
  • simplicidade de execução;
  • menores impactes ambientais.

Dado a sua vasta gama de aplicações, o mercado alvo para este produto seriam todos os fabricantes de veículos (aéreos, terrestres e marítimos) e equipamentos elétricos portáteis.

Com base no trabalho de investigação feito até ao momento, foi desenvolvido uma técnica de produção de supercondensadores de alta performance que colmata diversas desvantagens até agora subjacentes a este tipo de produto. Assim, pretendemos transformar esta proposta de valor em receitas produzindo supercondensadores à escala industrial e fornecendo toda a indústria de transportes e fabrico de equipamentos eletrónicos.




Aqui seguem algumas imagens microscópicas dos nossos supercondensadores: